SER GRANDE

"A grandeza do ser humano não está no quanto ele sabe, mas no quanto ele tem consciência que não sabe. O destino não é frequentemente inevitável, mas uma questão de escolha.
Quem faz escolha, escreve sua própria história, constrói seus próprios caminhos." Augusto Cury

domingo, 31 de julho de 2011

"EDUCAÇÃO NAS PRISÕES" Até no lixão nasce flor.

Como diz a letra do RAP dos RACIONAIS MCS: "Até no lixão nasce flor".
Foi com este ideal no ano de 2005, que a FUNAP- Fundação Manoel Pedro Pimentel promoveu uma revolução no âmbito da educação prisional.
Dava-se início ao projeto monitores presos de educação, algo inovador, diferenciado; que buscava diminuir a distância entre os presos e a sala de aula. Depois de anos de fracasso utilizando métodos tradicionais de educação, utilizando professores com licenciatura, video aula(telecurso2000); foi elaborado uma nova diretriz que baseava-se na utilização de presos como multiplicadores de informação.
E utilizando o método do IPF- Instituto Paulo Freire, e material didático de suporte Tecendo a Liberdade e  Viver e Aprender, para este projeto piloto, foram escolhidos por meio de seleção, 5( cinco) presos de uma penitenciária do oeste paulista. sendo treinados e supervisionados por um pedagôgo orientador, este grupo, empenhou-se com afinco, demonstrando que esta idéia seria um sucesso.
Passado o primeiro ano, enfrentando inúmeros preconceitos, e resistência por parte dos agentes prisionais, porém, com salas de aula lotadas no ensino de alfabetização e ensino fundamental; foi dado mais um passo rumo ao caminho da ressocialização do ser humano; após nova seleção, mais 5 presos eram integrados ao quadro de monitores presos, oferecendo aulas de ensino médio, além daquelas já existentes. Hoje, após seis anos, mais de 70 penitenciárias são atendidas, os monitores presos viraram espelhos para os demais sentenciados, todos recebem salário minimo de acordo com resolução da cordenadoria do sistema prisional, e tratados com respeito por agentes de segurança e pela população carcerária.
Projetos como este são fatos isolados dentro do sistema prisional, tambem é claro, que apenas uma ação isolada não é capaz de modificar o estado atual do sistema como um todo, nem de resgatar todos os internos de um presídio. Mas pode transformar a vida daqueles que realmente desejam um recomeço, oferecendo um novo caminho, dignidade, educação e recuperação da auto estima.
Muitos destes monitores presos alcançaram novamente sua liberdade, recomeçando suas vidas; mas jamais esquecerão o aprendizado que lhes foi oferecido.
Este é o objetivo do projeto, recuperar seres humanos, familias, princípios e sonhos.
Falta muito ainda, apoio psicológico, qualificação e recolocação profissional, auxílio a familia e quando egresso a sociedade,
Devemos todos, como sociedade, apoiar aqueles que realmente desejam um recomeço. Isto é ser cidadão, participar da sociedade, somos todos responsáveis.
Pois, quando qualquer um, seja onde for, estender a mão pedindo ajuda, quero que minha mão, através dos projetos que participo, esteja sempre ali. e por isso: eu sou responsável.
É nisto que acredito.

"CADEIA RECUPERA ALGUEM?" Um verdadeiro retrato do sistema prisional

Não é de hoje que ouvimos falar do sistema prisional Brasileiro; de cadeias e penitenciárias superlotadas, fétidas e desumanas. Onde ficam expostas as gravíssimas falhas governamentais, judiciária, penal e social. E a consequência de anos de omissão são os transtornos ocasionados pelas inúmeras facções criminosas que vez ou outra assolam a sociedade.
Os estados do Rio de Janeiro e São paulo são exemplos da força destas facções criminosas, pois sofrem constantes ataques, muitas vezes ocultos nos indíces divulgados pelo governo e escancarados pela midia sensacionalista.
O que nunca é divulgado é que anos de descaso e conivência, pois, omissão é conivencia sim; e nossos governantes se omitiram em resolver tais deficiências causando como reflexo problemas cada vez maiores
E é nesta triste realidade do sistema prisional paulista, que podemos encontrar uma realidade desconhecida, pois, quando um indivíduo adentra as grandes portas de um presidio, encontra-se diante de um mundo estranho, desconhecido, injusto, violento, preconceituoso, falso, contraditório e ocioso; um mundo onde a troca de conhecimentos do crime é o passatempo preferido. Um mundo onde impera a ociosidade, a sujeira e a corrupção, sendo recebido pelo diretor autoritário com seu discurso cruél.
 Faz-se lembrar o paragrafo de "Memórias do c-arcere" de Graciliano Ramos que diz:
"E o diretor dizia:
Aqui não há direito. Escutem. Nenhum direito. Quem foi grande esqueça-se disso. Aqui não há grandes. É tudo igual. Os que tem protetores ficam lá fora. Atenção. Vocês não vêm corrigir-se, estão ouvindo? Não vem corrigir-se: vêm morrer!"
Ao enviar um infrator à prisão, a sociedade pensa que esta se livrando, temporariamente, de um agressor; e que este terá condições de corrigir seu comportamento anti-social na prisão. Infelismente, diante do descalabro atual do sistema prisional paulista, isso é utopia.
 A prisão hoje é um fator criminogênico por excelência. Perdeu totalmente sua função reeducativa, não recupera ninguém, pelo contário: prepara o verdadeiro bandido de amanhã. Aquele delinquente menor que cometeu um crime motivado pela "CURIOSIDADE" acaba tornando-se "FERA", a fim de sobreviver na promiscuidade de xadrezes superlotados e presídios imundos, onde convivem criminosos de todos os tipos (os mais fortes subjulgando os mais fracos e destroçando suas personalidades, usando estes como soldados de suas facções); ou seja, o estado, inconscientimente, prepara na escola do crime, o verdadeiro bandido que irá molestar a sociedade no final da pena.
Assim, uma punição que deveria constituir num desistímulo ao crime, acaba tendo efeito contrário, e produzindo um REVOLTADO.
É claro que esta política de quebrar a espinha dorsal do preso, de estropiar o condenado pelas miseráveis condições prisionais, é uma política vergonhosa, desumana e inútil.
O estado tapa o sol com a peneira em matéria de política prisional, observo nas entrelinhas dos jornais, a preocupação dos donos do poder em questão de segurança pública; as promessas são as mais absurdas: aumento do efetivo policial, construção de novos presidios, aumento das penas, elevação dos muros dos presidios, exército nas ruas. É fácil engambelar o público com atitudes repressoras e eleitoreiras.
Ninguém toca na reestruturação do sistema prisional, nos descongestionamento do judiciário, na humanização do cumprimento da pena, na ressocialização do infrator.
 Pois, mesmo para um cristão, evangélico, judeu, religioso ou ateu; o rigor da pena não pode castigar a familia do apenado(que se antes já não ia bem, agora vai pior com o marido ou filho preso).
Ao estado não interessa sanear as causas que originam a delinquência e debelar as distorções da fonte geradora.
Condenado nenhum deseja para qualquer ser humano o que ele passa no presidio, ver sua familia as vezes ser humilhada moralmente quando nas visitas de domingo, sofrendo as mais absurdas humilhações.
Para que no final da pena degradante, o homem seja "ABORTADO", sem profissão, sem familia(que perdeu no presidio durante a pena), sem referência; exceto a própria prisão, a polícia.
E quando chega o alvará de soltura, o sujeito precisa reunir forças internas para superar a revolta, e abrandar as humilhações sofridas.
Assim, depois de ter sido transformado em papelada cartorial, um número dentro do sistema, de submetido a lavagem celebral(vivendo em um ambiente degradante, inseguro, fétido e desumano), e pagando as vezes o dobro, o triplo da pena prevista em lei, por conta da MOROSIDADE e SACANAGEM das varas de execução penal, que não julga os pedidos de liberdade; e fazendo juz ao que o escritor Rubem fonseca um dia escreveu em um de seus contos: "A justiça no Brasil existe para sacanear o cara..." 
E o futuro que aguarda o revoltado é a reincidência, comprovando o circulo vicioso: prende-solta-prende.
Sem dúvida, a frieza, a falta de tato e competência do judiciário tambem são fatores preponderantes que contribuem diretamente para este quadro atual. A justiça tornou-se fria e somente então cobra débitos, disvirtuando o verdadeiro sentido da execução da pena.
Elegendo juizes despreparados para a função de corregedores, juizes que nunca visitam os presidios para interarem-se da situação dos presos. E quando aparecem, estas vestutas figuras ostentam uma posição distante, como que se um juiz jamais devesse descer dos umbrais do palácio da justiça.
Atualmente, para um juiz de execuções, visitar cadeia é vergonhoso, nem ao menos atendem a familia do preso; daí o estopim das rebeliões.
Sem falar dos abutres que sobrevivem e alimentam-se do estado de putrefação do sistema prisional, vivemos no mundo dos fatos jornalísticos e a mídia virou óxigênio para muitos. As emissoras de tv através de seus jornais diários passaram a comercializar o crime. Destinam em sua programação enormes espaços noticiando e até teatralizando acontecimentos criminais, mostrando ações policiais ao vivo e em cores, humilhando os infratores diante das camêras, num desrespeito a própria costituição, que garante a integridade fisica e moral do cidadão.
Não bastasse isso, insuflam altas doses de fantasia, projetando o criminoso como herói; a ponto de ouvir no presidio a segunte frase: "Que bandido é você que nunca foi noticia?"
Com tudo isso, é óbvio dizer que o sistema prisional não recupera ninguém, recupera-se sim aqueles que realmente tem este objetivo, recuperando-se por suas próprias forças.
E agora solto, este sobrevivente do sistema prisional, que pagou sua dura pena, ainda terá que ser vítima do preconceito, da desconfiança e ainda carregar pra sempre o rótulo de ser um ex-presidiário.
Espero que políticas de inclusão social modifiquem esta realidade, pois, somente através da educação e políticas sociais mudaremos o triste quadro atual.
Conhecendo a saga destes sobreviventes, passo a entender a frase do ex secretário de justiça de São Paulo, jurista Manoel Pedro Pimentel, que dizia:
" Entendo que, comparado ao mendigo, o ladrão é melhor. O mendigo, cuja honestidade é preferida como mais comovente pela sociedade, é um vencido que desistiu de lutar. Entregou-se. Conformou-se com a marginalização e estendeu a mão desarmada a caridade humana.
O ladrão, não. reage e enfrenta a sociedade. Arrisca a liberdade e a própria vida. Continua lutando, não se conformando com a sorte que lhe foi oferecida. Estende a mão armada e tira aquilo que muitas vezes foi negado ao mendigo. Por isso é que chego a sentir certa aimiração e qualificado respeito ao ladrão. Pelo mendigo, não consigo sentir.





terça-feira, 26 de julho de 2011

Vícios e Compulsões : CRACK uma doença ignorada pela sociedade

Quando falamos de vícios e compulsões é inevitável não falar do principal flagelo da sociedade, o CRACK, uma droga devastadora, capaz de causar a dependência na primeira vez que é usada, transformando o ser humano em um farrapo,  em uma espécie de fantasma; fazendo seu usuário perder todas as noções de convívio social e familiar.  
Apesar da sociedade e de suas autoridades não reconhecerem o usuário de Crack como um doente, e tratá-los apenas como delinquentes; nos dias de hoje tornou-se comum observarmos principalmente nas grandes cidades uma multidão de indivídios entregues a sorte do seu vício. E este mal está cada vez mais próximos das nossas famílias, pois, ele não escolhe classe social ou etnia, seja religiosa ou de raça.

A mais nova personalidade a ter sua vida ceifada após ter mergulhado neste abismo, foi a genial cantora Amy Winehouse, genial sim, pois ganhadora de um grammy, principal prêmio da música e desde cedo despontára como uma grande promessa musical. porém da mesma forma que tinha talento para música, teve também para arrumar problemas; envolveu-se em escandalos de todos os generos, cancelou shows, envolveu-se em brigas, chegou ao fundo do poço tranformando-se em uma aberração humana, Emy tentou se livrar do vício, mas esta semana foi vencida por ele aos 27 anos, um triste fim para uma jovem promessa da música mundial.


Mas infelizmente esta triste história não acontece apenas em outro continente, com personalidades conhecidas e famosas, diariamente outras tantas Emys (anônimas) enfrentam o mesmo problema; e pior não tem acessores de imprensa ou psicoterapeutas de clínicas caríssimas para ajudá-las, mas sim o preconceito de uma sociedade injusta e medíocre que prefere fechar os olhos para seus verdadeiros problemas. 
 É claro que existe sim uma pequena parcela de indivíduos que se esforça para mudar esta triste realidade não poderia deixar de citá-los, mas deixo claro também que não adianta debater este problema em gabinetes com ar condicionado de terno e gravata, ou apenas sentenciar estes seres humanos doentes vilipendeados pela sociedade e escondê-los em prisões fétidas, lotadas e sub humanas. Portanto, estas figuras vestutas  deveriam descer dos umbrais do poder e conhecer melhor o problema de perto e dialogar com quem já viveu este mal por dentro.

Este tema e outros são abordados na palestra intitulada " A ESCOLHA" ministrada pelo professor Edson Mauricio,  apresentando-se em diversas cidades, empresas e instituições; com o objetivo de levar informação , causar reflexão e consciêntização na busca de  uma mudança de vida.    

quarta-feira, 20 de julho de 2011

ONG "João de Barro" busca voluntários e patrocinadores para projetos sociais

VENHA FAZER PARTE DESTA FAMILIA!
A ONG Jõao de Barro está convidando pessoas voluntárias para as funções de:
secretária recepcionista
telefonista
faxineiras
aux. serviços gerais
tec. agronômo p/ manutenção de horta comunitária
Os interessados deverão entrar em contato com Diana na sede da ONG João de Barro que está localizada à rua Jerônimo Gonçalves Meira n° 61, Vila Leis; ou pelos telefones: (11)24295773 e
 (11)24295920 ou pelo site www.ongjoaodebarro.org.br
Tambem a ONG João de Barro busca parcerias e apoio financeiro com empresas ou pessoas físicas para manutenção de seus projetos sociais, atualmente a ONG atende + de 600 alunos de todas as idades, oferecendo 16 cursos a comunidade.
Os interessados em adotar um projeto ou apoia-lo parcialmente deverão entrar em contato com Galvão ou Edson Mauricio na sede da ONG ou pelos tel:(11) 24295773, (11) 98994922 e (11) 82534446
ou pelo site www.ongjoaodebarro.org.br

ONG "João de Barro" abre inscrições para diversos cursos

A ONG João de Barro, está com inscrições abertas para os cursos gratuitos de:
Violão, Flauta doce, taekwendo, inglês, espanhol,
jiu-jtsu, capoeira e teatro.
Todas as aulas são ministradas na sede da ONG João de Barro.
Os interessados em efetuar matrícula deverão comparecer, munidos de xérox de RG, CPF, TITULO ELEITORAL,
 1 foto 3x4 e xérox de comprovante de residência; à sede da ONG João de Barro, localizada na rua Jerônimo Gonçalves Meira, n° 61 na vila Leis, próximo a àguas de Itu.i
Informações nos tels. (11) 24295773 e (11) 24295920 ou no site www.ongjoaodebarro.org.br

terça-feira, 19 de julho de 2011

Projeto Sócio-cultural "English for all"


O "Project English For All" ( projeto inglês para todos), é um projeto de inclusão sócio-cultural, que busca oferecer a toda comunidade a oportunidade de aprender este fundamental idioma do mundo globalizado.
Este bem sucedido projeto, chega a cidade de Itu interior paulista, após percorrer outras duas cidades no oeste deste estado, obtendo excelente resultado e formando + de 250 pessoas.
Através do esforço e dedicação do seu idealizador Edson Mauricio de Mattos, com ampla bagagem sócio-cultural, visitando diversos países. A metodologia utilizada é simples e dinâmica facilitando o aprendizado escrito e fonético (pronuncia); habilitando assim ao término do curso os alunos no domínio da escrita, na tradução, pronúncia, fonética auditiva e interpretação de textos.
Agora em parceria com a ONG João de Barro, sede do projeto, e da escola Magistral, que certifica o curso e tendo a duração integral de 180h/aula, ou seja, + ou - 8 meses; sendo as aulas semanais com duração de 2h.
Estão sendo oferecidas 75 vagas para o curso de inglês gratuito, 15 vagas para profissionais da área de turismo, 16 para adolescentes em idade escolar e 44 para serem distribuidas a comunidade.
Os interessados deverão comparecer a rua Jerônimo Gonçalves Meira n° 61 Vila Leis, próximo a àguas de Itu; munidos com xerox de RG, CPF,Título Eleitoral, Comprovante de Residência e 1 foto 3x4; para efetuar matrícula.
Este ambicioso projeto de capacitação profissional e sócio-cultural necessita de apoio para sua manutenção através de parcerias feitas com empresas de Itu e região, para confecção de material didático (apostilas) e suporte tecnológico (data show); caso haja interesse de parceria e patrocinio as empresas ou pessoas físicas poderão entrar em contato com Edson Mauricio nos endereços abaixo ou fazer contato com a ONG João de Barro nos tels: (11)24295773 ou 24295920.
Venha fazer parte desta familia, apoie este e outros projetos sociais!!!!!!!